lunes, 6 de septiembre de 2010

P. Jorge, desde Amazonia

Desde Cucui, Diócesis de Sao Gabriel de Cachoeira, Amazonia, el P. Jorge, misionero de nuestra diócesis, nos hace llegar estas fotos y este "relatorio" (no hemos tenido tiempo de traducirlo al castellano, pero creo que no es tan difícil de entender). Vemos su recorrido por las distintas comunidades de esa extensa parroquia de Cucui, siempre a través de los ríos. Interesantes son sus impresiones, que nos acercan a un mundo muy diferente, con mucha pobreza, con realidades culturales a veces chocantes, pero también buscando vivir y celebrar la fe.


RELATÓRIO 
da visita às Comunidades realizada entre os dias 19 a 24 de julho de 2010

ITINERÁRIO:
19/07: 8.45 saímos de Cucuí. Chegamos a Bom Jesus às 11.50, encostando-se a Marabitanas e Açaituba. 
20/07: 7.30 saímos para São Gabriel Mirim. Chegamos 9.30. Paramos em São Marcelino para deixar o combustível. Às 11hs, saímos para Iabe, chegando às 11.30 h.- 12.30 chegamos a Tabocal. 16.30 saímos para São Francisco, aonde chegamos às 17hs.
21/07: 9.30 saímos de S. Fco para Cuté aonde chegamos 12.30, parando em São Marcelino para recolher o combustível. 13hs seguimos para Tunú, aonde chegamos às 14hs.
22/07: 7hs saímos de Tunú para Anamuín, parando em Coecé. 8hs chegamos a Umarituba, 10hs continuamos a viagem. 14hs chegamos a Anamuín.     
23/07: 7.30 h saímos de Anamuín para Tucano, aonde chegamos às 8.30, tendo parado em São José. 10.45 saímos de Tucano para São Marcelino (Foz) aonde chegamos às 17h (paramos em Tunú 1/2h para recolher um passageiro).
24/07: 7.30 saímos de São Marcelino para Açaituba aonde só paramos para cumprimentar. 10h chegamos a Marabitanas. 12.45 saímos para Cucuí, chegando às 14.15.

IMPRESSÔES:
1. A acolhida das pessoas é muito boa. As pessoas se manifestam bem dispostas a pesar que em algumas comunidades esperassem a gente em outra data. Bate o sino da capela e as pessoas que estão na comunidade vão se congregando. 
2. O/A Catequista é uma pessoa chave na comunidade no que diz respeito à Igreja (ou questões e práticas religiosas). É também um referente respeito à conduta das pessoas. Nas refeições dirige a oração, prepara para os Sacramentos, preside o “culto” (Celebração da Palavra) os domingos,...
3. Precariedade da moradia e da alimentação das pessoas. A base é o peixe e a farina de mandioca. Em algumas comunidades fomos convidados com carne de paca e de yacaré (bem branca e saborosa)  
4. Refeições comunitárias. Ao bater do sino as pessoas vão se congregando no Salão Comunitário, levando cada família seu aporte. Tem comunidades, como Tunú aonde todas as refeições são comunitárias, em outras só o café da manhã e ou a janta. Os domingos o almoço sim é comunitário. Quando as comunidades são muito grandes (ex. Anamuin) se reúnem por bairros.
5. Divisão entre homens e mulheres: Nas refeições os homens comem primeiro, depois as mulheres e as crianças (às vezes não fica muita comida para elas). Na Igreja homens para um lado, mulheres e crianças para outro lado. Isto em algumas comunidades ainda é muito forte, mas se faz caminhada para ir superando.
6. Trabalho: a roça, a pesca e a caça são os principais. Também tem colheita de frutas do mato. Nas comunidades do rio Xié têm plantação de mandioca brava e elaboração de farinha que vendem ou trocam. Na Missa cada família faz sua oferta de farinha de mandioca, que a paróquia traz e vende ou troca em Cucuí.
7. Capelas: algumas delas são muito grandes para o tamanho da comunidade, levando em conta que estão sendo construídas agora. Tem comunidades, Iabe, por exemplo, que não tem mão de obra suficiente para encarar o trabalho. O estilo de muitas delas não corresponde a esta realidade cultural e climática. Sim todas as comunidades valoram o fato de ter sua capela.
8. Escola: a maioria das comunidades tem escola indígena com ensino fundamental completo. Algumas escolas, como Tabocal e Anamuin, têm ensino meio. Têm algumas com uma boa construção edilícia, outras que desde o mês de novembro de 2009 ficaram sem teto a conseqüência de um temporal e até agora estão assim; as aulas são dadas no salão comunitário. Muitas delas não têm banheiro.  
9. O problema (ou realidade humana concreta) que vai surgindo nas distintas comunidades é o do álcool. Sobre todo durante as festas os homens (jovens e adultos) bebem muito e isso repercute não só em si mesmo como em suas famílias. Este é um tema recorrente nas confissões.
10. Na Missa participam a grande maioria da comunidade. Nas confissões também. Mas, nesta oportunidade, não em todas as comunidades foi possível a celebração da Eucaristia e o Sacramento da Penitência.     
11. Comunicação: Muitas das comunidades têm rádio para se comunicar. Nas comunidades onde tem telefone (orelhão) está quebrado, se fez o reclamo, mas ninguém concerta, o nome da empresa responsável é a Embratel. A comunidade de Tucano (rio Xié) não tem nenhum médio de comunicação (só o rio e a canoa), ela fica 1 hora de Anamuin, em época de rio cheio, onde têm rádio.
12. Anamuin nos falaram do problema da documentação. Muitos não têm documentos, porque fica muito difícil ir até São Gabriel, único lugar onde podem tirar-los.
13. Saúde, todas as comunidades tem Agente de Saúde, muitos deles são os catequistas. Mas em todas as comunidades reclamaram da pouca presença do personal da saúde do Município. Na região do Xié neste ano só uma visita.     
14. Em geral as casas não têm banheiro, as necessidades são no mato mesmo. Na Comunidade de Bom Jesus há um banheiro (só vaso) para uso comunitário (8 famílias). Em Anamuin, o quarto dos missionários, tem banheiro (latrina e torneira). Quando o banheiro da escola (as que têm) está bom, pode se usar. Em todas as comunidades se toma banho no rio. Nele as pessoas lavam também sua roupa e os utensílios de cozinha, assim como as verduras, os peixes, etc. quando preparam para cozinhar.

1 comentario:

Anónimo dijo...

hi, new to the site, thanks.